Tentei escrever sobre o amor.
Saí à procura da rima perfeita, da palavra exata.
Cada dia, eu rabiscava de um jeito: às vezes, em forma de poesia,
às vezes, em prosa.
Não havia sintonia ou qualquer linearidade.
Tentei descrever as sensações humanas, falar do sublime, do físico, do real e do ideal. As palavras nunca eram as mesmas, não convergiam; apenas se entrecortavam, como se quisessem anular uma à outra.
Juntei toda aquela mistura, de frases e versos fragmentados,
quando me dei conta: o amor era aquilo.