domingo, 23 de outubro de 2011

Coração

Chora, coração
que arrancou-te a dor infinda
a vida breve
em sonho vão
Que o sangue entrelaçado
já vem frio
já vem ralo
que teu ritmo entorpece
a secura que te veste.

Sente, coração
como pulsa a dor latente
que um dia há de calar
o ardor incandescente
Quão pesadas tuas veias
carregam o fluido
úmido
não fossem estas lágrimas
que um dia hão de cessar.

Canta, coração
que o desejo
iminente
a mágoa há de libertar
Que vibrante
o peito grita
entre sonhos,
prantos e cinzas:

Vive, coração!

Um comentário:

  1. Bruna
    Li todos os seus escritos e fiquei emocionada. Você é uma poetisa madura, sensível, apaixonada e apaixonante. Entende das coisas da alma, sentimentos profundos que poucos tem o dom, sentimentos vivos, pulsantes e inquietantes... Outros ternos, acalentados, sofridos e torturantes. Amei e me dando conta que eu já havia lido tudo, os reli enxugando as lágrimas. Parabéns!Beijos
    Leily

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